Os estilos de aprendizagem não são uma
metodologia, não são o mesmo que inteligências múltiplas, não são uma teoria
psicológica.
Alonso e Galego (2002) com base nos
estudos de Keefe (1998) definem estilos de aprendizagem como traços cognitivos,
afetivos e fisiológicos, que servem como indicadores relativamente estáveis de
como os alunos percebem, interagem e respondem a seus ambientes de
aprendizagem.
Estilos de Aprendizagem segundo Alonso e Galego (2002)
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Ativo
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Reflexivo
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Teórico
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Pragmático
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Descrição
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Valoriza dados da experiência; mente aberta;
entusiasma-se com tarefas novas e é muito ágil.
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Atualiza dados, observa,
estuda, reflete e analisa.
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É lógico, estabelece teorias, princípios, modelos;
Procura a estrutura, analisa e sintetiza.
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Aplica a ideia e faz experiências;
não gostam de teorias.
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Características
principais
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Animador
Improvisador
Descobridor
Arrojado
Espontâneo
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Ponderado
Consciente
Recetivo
Analítico
Exaustivo
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Metódico
Lógico
Objetivo
Critico
Estruturado
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Experimentador
Prático
Direto
Eficaz
Realista
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Segundo Barros (2009) os estilos de
aprendizagem não são mais do que maneiras pessoais de processar a informação,
os sentimentos e comportamentos em situações de aprendizagem.
Será o exemplo abaixo um estilo de aprendizagem?

De acordo com Daniela Barros (2009),
sobre como se aprende utilizando os recursos do mundo das tecnologias e quais
as características e os referenciais que influenciam diretamente no processo de
ensino e aprendizagem, existem quatro estilos distintos de uso:
- Uso
participativo no espaço virtual: considera a participação como elemento
central, no qual o indivíduo deve ter a ambiência do espaço.
- Procura
e pesquisa no espaço virtual: o elemento central para a aprendizagem é a
necessidade de fazer pesquisa on-line
bem como procurar informações de todos os tipos e formatos.
- Estruturação
e planeamento no espaço virtual: sente a necessidade de desenvolver
atividades que valorizem as aplicações para elaborar conteúdos e atividades de
planeamento. Essas atividades devem basear-se em teorias e fundamentos sobre o que
está sendo desenvolvido.
- Ação
concreta e produção no espaço virtual: tem a necessidade de realização dos
serviços on-line e de rapidez na
realização desse processo.
Comparando-se os estilos de aprendizagem e os estilos de uso do espaço virtual percebe-se que eles se interrelacionam e que os resultados da pesquisa desenvolvida por Barros (2009) demonstraram que ambos tendenciam ao estilo reflexivo. Contudo o perfil do usuário do espaço virtual é alguém que age rapidamente, planifica bem, tem objetivos bem definidos, é participativo, pesquisador, organizado, gere bem a informação selecionando facilmente a que mais lhe interessa e é muito produtivo, mostrando assim que possui características do estilo reflexivo mas também de todos os outros estilos.
A valorização dos estilos de
aprendizagem no virtual pode ser um fator determinante das práticas de ensino e
aprendizagem, considerando que as possibilidades de interfaces em conjunto com
as diversas linguagens e com a ampliação das metodologias, podem atender as
preferências dos estilos de aprendizagem discente no virtual e constituírem “um
desenvolvedor de todos os elementos de cada estilo”( Barros, 2009)
Sendo assim o processo de ensino/aprendizagem
no virtual deve proporcionar um guia didático de planeamento, com objetivos bem
definidos, com a orientação das fontes e dos aplicativos a serem utilizados,
garantindo a liberdade para a criação e produção pessoal e o trabalho
organizado com metas de produtividade.
A procura em otimizar as práticas
educativas com a utilização das TIC no processo de ensino e aprendizagem, tendo
em conta os estilos de aprendizagem dos estudantes, deve caminhar no sentido
possibilitar novas formas de aquisição do conhecimento e do desenvolvimento de
competências e capacidades nos alunos, de acordo com o que a sociedade atual
exige.
Referências:
Barros; D. M.
V. ( 2011) Estilos de Aprendizagem e o
uso das Tecnologias.
Barros, D. (2009).
Estilos de uso do espaço virtual: como se aprende e se ensina no virtual.
Inter-Ação 34 (1): 51-74, jan./jun. 2009. Rev. Fac. Educ. UFG.