“O mundo em permanente transformação, veloz e universal em que vivemos,
designado na literatura por Sociedade do Conhecimento preconiza a existência de
uma nova geração de indivíduos capazes de lidar com a inovação, a
flexibilidade, a globalização e a constante atualização de saberes”
Clara Coutinho
Clara Coutinho
Segundo Moreira & Monteiro
(2010, p. 82) a criação de espaços e de comunidades virtuais de aprendizagem,
leva à promoção e reforço das interações professor/estudantes e
estudantes/estudantes, na partilha de conhecimentos e nas estratégias de
trabalho cooperativo (…) que estimulem os estudantes a processar a informação
autonomamente e de forma significativa.
Neste novo caminho o papel do professor altera-se. Passa-se na abordagem
convencional / clássica do ensino/ do Magíster dixit para uma abordagem? um
professor construtivista, um “tutor da aprendizagem”, um professor guia,
facilitador da aprendizagem, um orientador, que dá pistas e ajuda na seleção da
informação, que incentiva e aceita a autonomia, a iniciativa, o diálogo, a
discussão, a resolução de problemas, a procura de soluções e respostas e o
assumir de responsabilidades.Promove no aluno a pesquisa, a recolha, a seleção, a reflexão e a partilha de recursos levando ao desenvolvimento do espírito crítico, da criatividade, da participação proactiva e da interatividade.
Mas para isso o professor tem de ser autónomo e criativo o que só conseguirá se tiver tido uma formação sólida que lhe tenha permitido adquirir/desenvolver competências tecnológicas.
A instituição escolar também terá
de ser diferente, já não tem o monopólio da transmissão de saberes, não tem a
mesma autoridade e respeitabilidade; deve investir na valorização social do
professor; não chega investir nos equipamentos, tem de investir na formação dos
professores sensibilizando-os para o seu novo papel, para a necessidade da
integração das TIC na sala de aula –TECNOLOGIA- sem descurar a PEDAGOGIA.
O E-learning e a abordagem
híbrida, o B- learning, permitem a criação de ambientes virtuais de
aprendizagem suportados pela tecnologia cujo objetivo principal é a “criação de
conhecimentos sem os constrangimentos de espaço ” (Moreira et al 2010, p.83), recorrendo a metodologias de autoaprendizagem
colaborativa, motivadora e flexível com a integração de conteúdos dinâmicos e
interativos e diferentes recursos didáticos dos quais saliento os recursos
visuais, a pedagogia pela imagem, quer
imagens móveis (excertos de filmes, documentários,…) quer imagens fixas (fotos,
pinturas, esculturas,…) despertando a curiosidade e sustentando o interesse do
estudante.
O sucesso da utilização do B-learning em
contexto educativo depende não só de condições tecnológicas e sociais mas
também e fundamentalmente de condições pedagógicas (…) no entanto (…) a
renovação constante da pedagogia implica uma alteração cultural muito grande
(Monteiro et al , 2012, p. 54).
A adesão aos LMS é pacífica, é
fácil, … a compreensão deste paradigma de aprendizagem e das suas
potencialidades é que exige FORMAÇÃO para que não se caia no uso destas
plataformas como meros repositórios de informação a oferecer material didático
e atividades online.O Moodle será um exemplo dos LMS já que possui muitas ferramentas pedagógicas tais como fóruns, chats, diários, questionários,… que estimulam a participação dos estudantes proporcionando momentos de aprendizagem significativas; “se os fóruns forem convenientemente dinamizados e forem do interesse do estudante, é possível criar vínculos maiores (…) o docente tem que avaliar os fóruns que promove, avaliar o grupo e as discussões, de modo a que possa acompanhar e redirecionar o estudante” (Monteiro et al , 2012, p. 14).
Moreira, J. A. M. & Monteiro, A. A. (2010). O trabalho pedagógico em cenários presenciais e virtuais no ensino superior. Educação, Formação & Tecnologias, 3(2), 82-94. [Online], disponível a partir de http://eft.educom.pt.